REALIDADE
A VIDA DA FLORESTA NA TUA VIDA ESCUTISTA
O território exterior ao Centro está envolvido por uma admirável mancha verde, que te convida para atividades (jogos) de descoberta e aventura, aquelas que sempre sonhaste realizar, nas florestas de montanha e nas típicas aldeias que a integram. Trilho Sinalizado: O Trilho do Urzal – Ciclo do Pão é um percurso pedestre denominado de Pequena Rota (PR), cuja marcação e sinalização cumpre as directrizes internacionais. Este percurso localiza-se, no extremo oeste do concelho de Arcos de Valdevez e envolve território da freguesia de Rio Frio, percorrendo parte dos lugares de Grijó, S. Vicente e Vila Franca. Partindo do local de estacionamento junto ao bucólico lugar de Grijó, iniciamos este trilho por um caminho agrícola, bastante lajeado.... À medida que caminhamos, no sentido descendente, vamos observando uma peculiar paisagem, na qual se destaca o vale do Urzal e mais distante o vale do Vez, assim como uma extensa malha de campos agrícolas de montanha, armados em socalcos, onde se pratica uma agricultura tradicional de subsistência, destacando-se, pela sua importância, o cultivo de variedades regionais de milho, branco ou amarelo, com os quais se produz a famosa Broa de Milho Tradicional de Arcos de Valdevez. Seguindo o trajecto, penetramos num vasto carvalhal constituído por carvalho-alvarinho (Quercus robur). Nesta mancha florestal inserida em pleno Vale do Urzal, podemos observar e sentir o esplendor deste ecossistema, ao nível dos seus 3 estratos principais: arbóreo, arbustivo e herbáceo. Presenciamos, para além dos já referidos carvalhos, castanheiros (Castanea sativa), amieiros (Alnus glutinosa), azevinho (Ilex aquifolium), gilbardeira(Ruscus aculeatus) e os fetos (pertencentes ao grupo pteridophyra). A diversidade faunística, tem também uma forte e diversificada presença. Não menos espectacular, são as inúmeras quedas de água que ao longo do percurso vamos observando. Sempre pela margem esquerda do Rio Frio, podemos acompanhar as suas bravas e cristalinas águas, que no seu percurso rumo ao Rio Vez, são responsáveis pela força motriz que põe em funcionamento um impressionante complexo de moinhos, outrora fundamentais para a subsistência da pequena agricultura familiar. Deixando para trás este éden autóctone e transitando por uma pequena área florestal de produção (eucaliptal), alcançamos o lugar de S. Vicente. Aqui, o trilho faculta-nos uma visita a um moinho de rodízio, banhado pelo Rio Frio, onde visualizamos as diferentes partes que o constituem e descobrimos os segredos das técnicas de moagem, transmitidas de geração em geração ao longo de séculos de história. Depois de observarmos este engenho de água, palmilhamos o caminho de uma forma ascendente e circulamos novamente por uma mancha de campos agrícolas até atingir as imediações do lugarde Vila Franca. Tal como nos campos atrás citados, nestes também se destaca o cultivo de milho regional, uma actividade laboriosa e dotada de várias fases, tais como: preparação do terreno, sementeira, sacha, monda, rega, colheita, desfolhada e secagem nos tradicionais espigueiros. Aqui, a probabilidade de observarmos magníficos exemplares de raças autóctones em pastoreio livre pelos caminhos e campos é grande, destacando-se os bovinos da raça barrosã, os caprinos da raça bravia e os ovinos da raça bordaleira de Entre-Douro e Minho. Gradualmente vamos abandonando o lugar, até encontramos o trilho onde teve início este percurso pelo ciclo do pão, precisamente no lugar de Grijó, local onde é possível assistir ao fabrico de broa de milho e saborear um dos produtos mais emblemáticos da Região Minhota (é necessário fazer marcação). Pontos de Interesse:
Comunidade Rural de Grijó Comunidade Rural de Vila Franca Carvalhal do Urzal Moinho in-Porta do Mezio do Parque Nacional Peneda Gerês (www.portadomezio.pt) Trilhos Selvagens: Variados Trilhos selvagens, sem marcações definidas, criados pelos animais nas suas deslocações, levam-te a lugares fantásticos, daqueles que só vemos em filmes, que podes apreciar enquanto praticas actividades ao ar livre. Castelo de Santa Cruz A cerca de 3 km do Centro, localizado no topo da encosta que lhe dá o nome, e sobranceira à Vila de Arcos de Valdevez, situa-se o Castelo de Santa Cruz, gigantesco bloco granítico, no qual ainda se encontram vestígios do castelo românico. É um dos mais espetaculares miradouros do concelho, que proporciona uma vista ampla sobre o Vale do Vez, serpenteado pelo rio de águas cristalinas que lhe dá o nome, vila de Arcos de Valdevez, e também das montanhas do maciço serrano da Peneda e Soajo, integradas no Parque Nacional Peneda Geres (Reserva Mundial da Biosfera). Aqui, com equipamento e acompanhamento adequados, podem-se ainda realizar actividades de aventura (rapel). É possível realizar raides a partir do Centro, pela estrada municipal ou por um trilho que passa por carvalhais densos, podendo neste caso, em alternativa mais aventureira, fazer-se o trilho em raide noturno. Concelho de Arcos de Valdevez O Concelho de Arcos de Valdevez proporciona-nos um grande espaço geográfico, de mais de 450 km2, no qual se situam em pleno Parque Nacional da Peneda-Geres, duas das mais importantes e altas Serras de Portugal, Soajo e Peneda, com 1415 e 1416 metros respectivamente. Para conhecer as suas potencialidades e belezas naturais, é necessário percorrer maravilhosos trilhos, que nos levam a locais de difícil acesso, sempre mais alto e mais além. Sendo que alguns não programados, como os Escuteiros gostam, se encontram mesmo à “porta” do Centro Escutista de Arcos de Valdevez. Por tal facto, necessário:
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